quarta-feira, 10 de abril de 2013

Quando a pá aparece o ministério vai embora!




A criança vai pelo corredor da loja e de repente dá de cara um com brinquedo super legal, pede pra mãe, que como mulher e chefe das finanças nega de cara e manda falar com o pai que por sua vez tenta enrolar de cá e de lá e acaba sendo vencido pelas birras e choro gritante. A criança vai pra casa e brinca até altas horas e no momento dormir leva o brinquedo junto e dorme agarradinha com ele. Todo esse processo dura no máximo uns três dias, depois disso com raras exceções o brinquedo vai para o monte de restos do quarto da bagunça. 

Será que esta realidade é verificada somente neste aspecto?

A palavra DOM representa um presente, tanto que no inglês não há distinção, a palavra " Gift" designa tanto presente quanto dom.
Deus no entrega um DOM que nada mais é do que um presente ministerial da parte de dEle para nossas vidas. Deus tem o prazer de fazer de cada um de nós, homens e mulheres preparados para o Seu reino. Entender o que é o reino é importantíssimo neste processo, não podemos ser homens e mulheres de Deus se não entendemos o que é o reino de Deus e qual o nosso lugar e função no reino de Deus.
Esta reflexão não é somente para pessoas que estão nos bancos das igrejas, mas principalmente para aqueles que possuem um trabalho na casa de Deus.

Muitas vezes clamamos tanto querendo ministérios da parte do Senhor, chegamos a fazer orações e correntes em prol de nosso ministério. Quero ser uma cantor, pastor, pregador, mas quando consigo, jogo meu presente em um canto e não busco me aperfeiçoar, interagir com o meio em que Deus me colocou, simplesmente o dom fica parado, encostado e você começa a ficar com aquilo morrendo dentro de você.

Tudo em nós que está morto ou deve sair de nós ou vai nos matar, não podemos ficar com nada morto dentro de nós, porém ministérios mortos, ineficazes, estão matando pessoas que poderiam ser uma bomba no inferno, pessoas que possuem dons maravilhosos mas que por diversas coisas da vida fazem os presentes de Deus mais um dos entulhos no quartinho da bagunça, deixam lá aquilo que tanto buscaram em oração, e pagaram o preço.

O engraçado é que nós sabemos e cremos na palavra que diz que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus e que foram chamados pelo Seu propósito, mas quando recebo algo da parte de Deus, vou até um ponto e depois começo a exigir:

 - Deus, só vou usar o dom se acontecer tal coisa!
 - Só vou fazer se tu fizeres assim e assim!

Deste modo, acabo por querer fazer Deus refém do meu dom, como se Ele precisasse de mim para agir na vida de alguém, não compreendo que a única pessoa prejudicada pelo enterro do meu dom ou ministério sou eu mesmo.
Se Deus quiser agir na vida de uma pessoa que está ao meu alcance e eu não o fizer, Ele levantará alguém para fazê-lo, a obra do Senhor não irá parar.

Só que daí eu vou ficar choramingando porque não foi eu que fiz, e o pior a culpa sempre será do outro nunca minha, sempre vou achar que foi culpa do mundo inteiro, até de Deus, menos minha. 

Quando sabemos que temos um ministério e não utilizamos, ele fica morto dentro de nós, ineficaz, infértil e ainda damos um jeito de culpar alguém por isso. Nunca somos nós, ou foi o irmãozinho que falou uma palavra que nos desanimou, ou foi o pastor que não deu oportunidade, ou foi a minha mãe ou pai ou marido, menos eu que comecei a fazer Deus de refém quando ele me deu o dom.

 - Deus tú me deu o dom, agora eu só vou usar se acontecer aquilo que eu quero!
 - Olha Tú me deu a gora tu tens que aplainar os caminhos! (quem já não disse isso hein?)
 - Só  vou usar se Tú fizeres alguma coisa na minha vida!

Penso que a gente tem que ver que isso é de uma ingratidão tão grande para com Jesus Cristo que entregou Sua vida no calvário por nós! De uma prepotência tão grande quando  colocamos este nosso egoísmos a frente de João 3: 16 que diz: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que entregou o Seu melhor para a morte para que você e eu tenhamos a vida eterna.

Este pensamento é tão mesquinho, tão pobre, mas infelizmente é tão quotidiano, acontece tanto, infelizmente!

Penso que como filhos de Deus, como ministros, ministras, pastores, cantores, pregadores, temos a obrigação de buscar um novo padrão para nossas atitudes, um novo pensamento para a nossa fé. Deus não trabalha com mesmices, mas com novidade de vida, a dica foi plenamente dada por Paulo em Romanos 12, que fala sobre a renovação do nosso entendimento. infelizmente existem pessoas que não entendem que os dons de Deus são softwares com atualizações diárias (não há nada novo debaixo do céu irmão), mas tem tanta gente que ganhou o presente e se desconectou se bitolando em velhas práticas. Não to falando de doutrinas não, to falando do modo de comportamento que temos diante de um Deus que renova Suas promessas a cada dia.

Deus colocou em você um dom maravilhoso e projetou o futuro que você pode ter com ele, seguir depende de você. 
Deprê é normal, que diríamos de Elias que pediu para si a morte, igualmente Jonas ao sentar-se aos pés de uma aboboreira quis morrer, discutindo com Deus!

Podemos sim ter deprê, mas nunca ignorar os dons de Deus para nossas vidas deixando-os inutilizáveis nos cantos de nossas vidas.

A igreja está sofrendo pressões e pre-conceito a cada mais e precisa de pessoas que levantem as mãos e trabalhem para estabelecer o reino de Deus.
Não temos mais tempo para perder com egos, orgulhos feridos e crentes intermitentes, o tempo é de levantar a bandeira e dizer: Olha o que Deus me deu e pode dar para você também!

Pense nisso!
Ev. Junior.





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