segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Escolas públicas ensinam alunos a serem muçulmanos

Trabalho de geografia era escrever “Não há Deus além de Alá”
A separação entre Igreja e Estado, o princípio do Estado laico, é sempre imposto quando se trata de fazer uma oração ou distribuir Bíblias no ambiente de escola pública. Contudo, em nome do politicamente correto, o islamismo está sendo ensinado e o fato é comemorado em nome da “diversidade”. Na última semana dois casos se tornaram exemplos claros disso nos Estados Unidos.
Os alunos da Riverheads, escola de ensino médio da cidade de Staunton, Virgínia, receberam como tarefa de classe copiar uma frase em árabe. A atividade, feita durante a aula de geografia era, na verdade, a declaração de fé muçulmana. “Não há Deus além de Alá e Maomé é o seu profeta”, dizia o material distribuído às crianças.
Pais cristãos não gostaram e reclamaram com o distrito escolar local. Foi realizada uma reunião e a justificativa oficial é: “Nem essas lições, ou qualquer outra lição de geografia são tentativas de doutrinação ao Islã ou outra religião. Nem um pedido para que os alunos renunciem à sua própria fé ou professem qualquer crença”.
O argumento principal é que o foco da atividade era artístico, não teológico. “Estávamos apenas pedindo que os alunos tentassem reproduzir de modo artístico o árabe escrito, para    compreender sua complexidade artística”, disse o Dr. Eric Bond, representante do distrito.
Os pais disseram que seus filhos não receberam da professora Cheryl LaPorte a tradução do que estavam escrevendo. Conhecida como shahada, a frase resume o credo islâmico. Para os muçulmanos, a recitação da shahada em público é o primeiro passo formal na conversão ao Islã.
A professora nega que essa era a intenção. Contudo, os alunos contam que todos tiveram de abrir exemplares do Alcorão, dados pela professora. Além disso, as alunas foram convidadas a colocar um lenço (hijab) sobre a cabeça, como parte da aula.
Kimberly Herndon, pai de um dos alunos, é evangélica e disse que não enviará seu filho de volta à escola até que a direção tome uma providência. Ela tem o apoio de vários outros cristãos, que estão indignados com o ocorrido.
Roupa islâmica “contra o preconceito”
A Associação de Estudantes Muçulmanos (MAS, na sigla original) realizou um evento na Vernon Hills High School, escola pública do Illinois. O projetado visava ensinar às alunas não-muçulmanas como usar o hijab e “entender mais sobre a fé muçulmana”.
Yasmeen Abdallah, presidente da MSA da escola, afirmou que o evento visava “denunciar estereótipos negativos.” Ela e as demais islâmicas passaram uma manhã inteira colocando hijabs falando sobre sua fé.
Jon Guillaume, diretor de Vernon Hills, afirmou admirar o esforço da MSA, considerada a organização estudantil islâmica “mais visível e influente da América do Norte.”
Fundada em 1963, ela possui cerca de 600 núcleos nos Estados Unidos e no Canadá. A partir de 2015 fará campanhas anuais para ensinar as estudantes sobre o uso do hijab e sobre sua fé nas escolas públicas que abrirem suas portas. O objetivo é lutar “contra o preconceito” que dizem sofrer. Com informações Daily Mail e Breitbart.

Fonte: Gospel Prime
Fotos: Arquivo de Internet

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Alemanha vai ganhar o primeiro “templo da religião mundial” Edifício servirá como sinagoga, mesquita e igreja.



Com o afluxo de milhões de refugiados para a Europa nos últimos meses, a Alemanha está no centro do debate que tem dividido os europeus. Principal destino dos homens e mulheres que desejam recomeçar a vida longe da pobreza e da guerra, o discurso alemão tem sido o da tolerância, em especial por que a imensa maioria dos que chegam são muçulmanos.
Agora, a iniciativa House of One (Casa de Um Só) comemora o primeiro milhão de euros doado para a construção do que é chamado de o primeiro “templo da religião mundial”. O edifício servirá como sinagoga, mesquita e igreja ao mesmo tempo.
O local multirreligioso é a primeira inciativa do gênero no mundo. O início das obras está marcado para os primeiros meses de 2016. Ano passado, quando o projeto foi lançado, o rabino Tovia Ben Chorin estava ao lado do pastor luterano Gregor Hohberg e do imã Kadir Sanci. A foto oficial mostra cada um deles segurando um tijolo, símbolo de sua união para a edificação do futuro templo.
Enquanto em vários países do mundo os muçulmanos matam e perseguem os membros de outras religiões, na Europa secularizada, seu discurso é de “paz e tolerância”.
Com orçamento de 43 milhões de euros, o site da House of One, disponível em sete idiomas, explica que qualquer pessoa poderá contribuir, comprando um tijolo. Ele usa o mesmo raciocínio dos projetos de crowdfunding, cada um dá um pouco para que no final todos ganhem.
Também explica que os seguidores de outras religiões serão convidados para os diferentes cultos na House of One. O foco principal do templo multirreligioso é atrair os jovens, que dificilmente são vistos nas igrejas. Os judeus em Berlin são uma comunidade pequena. Por outro lado, a presença de muçulmanos é crescente em toda a Europa.
O espaço que concretiza o ecumenismo será usado pelos islâmicos na sexta, judeus no sábado e cristãos no domingo, respeitando o “dia sagrado” de cada grupo. Nos demais dias da semana, terá atividades diversificadas.
O projeto arquitetônico foi escolhido em um concurso e recebeu total apoio da Comunidade Judaica de Berlim, do Seminário Abraham Geiger, do Fórum de Diálogo Intercultural Islâmico e da Congregação Luterana das Igrejas.
O prédio ficará na Praça Petriplatz, no centro histórico da cidade. O terreno está vazio e funciona como estacionamento. Curiosamente, durante séculos naquele terreno cristãos celebraram seus cultos.
Vários prédios diferentes abrigaram congregações de cristãos, até a última igreja ser parcialmente destruída na Segunda Guerra Mundial. Acabou sendo demolida em 1964, durante o regime comunista, pois fica numa região que pertencia à antiga Alemanha Oriental.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A dificuldade em construir!

A dificuldade em construir!

Entre as definições do verbo "construir" estão: Edificar, dispor e organizar.
Todas essas ações são por si só difíceis. É difícil você edificar uma visão que lhe foi confiada, organizar pessoas e fazê-las dispostas para esta obra. Especialmente no mundo evangélico muitas são as dificuldades de um líder em estabelecer visão, já que todos alegam falar em nome de Deus e procuram estabelecer sempre uma verdade pessoal.

Organizar é uma tarefa especialmente difícil, pois demanda pulso firme, espírito de liderança e determinação, o que muitas vezes não é bem recebido por alguns.

Não bastasse o trabalho com as obras de nossa vida, ainda temos que lidar com opositores que não possuem obra para realizar muito menos feitos para apresentar, possuem somente a amargura da inutilidade mórbida. E sabemos que aquele que não possui felicidade se concentra na crítica àqueles que estão trabalhando.

Neemias está no construindo, andando pra lá e pra cá, organizando e fazendo o povo trabalhar, mas no cap. 4 de 1 a 3  encontramos o seguinte diálogo:

E sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito; e escarneceu dos judeus.
E falou na presença de seus irmãos, e do exército de Samaria, e disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-se-lhes-á isto? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas?
E estava com ele Tobias, o amonita, e disse: Ainda que edifiquem, contudo, vindo uma raposa, derrubará facilmente o seu muro de pedra.
Neemias 4:1-3

A primeira e mais antiga arma de nosso adversário é suscitar a dúvida, ele fez isso em Mateus capítulo 4 quando falou a Cristo: "SE" tú és mesmo o filho de Deus!

Nosso adversário não mede suas palavras, não considera a obra de Deus em nossa vida, o que ele deseja é utilizar a dúvida como agente de seus intentos.

Muitas vezes somos pegos de surpresa por momentos em nossas vidas que duvidamos de nossa capacidade e da obra que estamos edificando: Será que vale a pena? Será que Deus está comigo?

Esses questionamentos só nos levam mais e mais a pensar na derrota, pois é isso que nossos adversários desejam, desqualificar nosso chamado e colocar dúvida naqueles que edificam.

Amado, que nesses cinquenta e dois dias você possa ter certeza da obra que está realizando, que você tenha força para resistir as astutas ciladas do nosso adversário e que você possa ter a certeza daquele que te chamou para uma grande obra.

Deus te abençoe.
Pr. Junior Sarmento.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Qual é a tua obra? Propósito da Virada.

Qual é a tua obra?

Em seu livro que traz a pergunta acima como título, o filósofo brasileiro Mário Sérgio Cortella diz: " ...obra, que os Gregos chamavam de poiesis, que significa minha obra, aquilo que faço, que construo, em que me vejo. A minha criação, na qual crio a mim mesmo na medida em que crio no mundo".

Neemias foi daquelas pessoas que a obra da sua vida refletia na vida de muitos. Uma pessoa incomum.

Em um mundo individualista que vivemos é cada vez mais raro presenciarmos tamanha determinação para realizar uma obra tão coletiva.

Assim foi com José, Moisés, Josué e tantos outros. Aliás a bíblia, na sua eterna riqueza nos lembra em todo tempo o valor das nossas obras e do quanto podemos ser relevantes em um mundo que necessita de pessoas incomuns.

Pessoas construtivas atraem, as pessoas ao seu redor desejam ouvi-la, prestam atenção em suas opiniões e estão em todo tempo aprendendo com ela.

Suas obras (realizações) são o que testificam sua competência e comprometimento.

Os inimigos de Neemias vendo que não cessariam a sua determinação agora desejam conversar com ele, bater um papo amigável e tentar quem sabe um acordo. A resposta dele está registrada no capítulo 6 e verso 3:


E enviei-lhes mensageiros a dizer: Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter convosco?



Uma resposta que nos ensina muitas lições de quem deseja iniciar ou continuar uma grande obra na sua vida.

1º - Faço uma grande obra: Neemias tinha noção do que tinha em suas mãos, valorizava a obra que Deus lhe entregara, sabia da importância e era o primeiro a ser o entusiasta quanto a obra que estava realizando.

Não valorizar aquilo que temos parece uma tentação cada vez mais presente. Claro, não podemos ser daqueles; " tudo o que eu tenho é  melhor, tudo o que eu faço é  melhor".

Não era essa a perspectiva de Neemias, ele estava respondendo pessoas que desejavam minar o seu trabalho, ele sabia que se mostrasse fraqueza para seus inimigos, inevitavelmente daria a eles munição. Sua arma para manter a convicção de todos os trabalhadores era a valorização do empreendimento.

Vivemos em um mundo social, tudo o que fazemos está envolvendo pessoas, e para manter relacionamentos, sucessos que conquistamos temos que saber valorizar e mostrar que estamos fortes em nosso foco.

Ser mostrar forte é mais difícil do que se mostrar fraco.

2º Não poderei descer - Neemias sabia que não poderia descer porque lá embaixo estavam aqueles que não vieram para ajudar.

No caminho para uma grande obra temos que saber selecionar nossas amizades e aconselhamentos, porque existem pessoas que somente nos fazem descer. Pessoas que nos desencorajam e eliminam as boas palavras que recebemos.

Quando Sansão foi em direção ao pecado a bíblia nos diz que ele desceu:

 E desceu Sansão a Timnate; e, vendo em Timnate uma mulher das filhas dos filisteus...Jz 14.1

Todas as vezes que descemos, estamos vulneráveis ao território daquele que nos chamou, tanto que o próprio Deus assim sinaliza:

“Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras.” Jeremias 18:2

Por isso temos que ter muito cuidados com as descidas da vida.
Tem uma música que diz que "o melhor lugar do mundo é aos pés do salvador".
Lá compensará sempre descer, pois quando ele nos chama é para que recalibremos nossas forças.

3º - Por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse?

Todas as vezes que descemos e nos distraímos em meio a nossa obra, acabamos por interrompe-la. 

Neemias sabia que o motor de todo o povo era o seu entusiasmo, se ele saísse incorreria em uma paralisação da obra. O objetivo é o final. Nele você vai poder se dar ao luxo de se desarmar e descer, mas até lá nossa obra deve contar com nossa dedicação, intensa, sacrificante, mas que trará um resultado excelente:

Talvez se Neemias fosse bater um papo naquele momento ele não chegaria mais tarde ao seguinte resultado:

Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco do mês de Elul; em cinqüenta e dois dias.
Neemias 6:15.


Nós sabemos que todo propósito possui um tempo (Ec 3). E nesse tempo não podemos descer, pois descer significa atrasar aquilo que Deus deseja realizar através de nossas vidas.

Neemias não DEIXOU a sua obra. Tem muita gente reclamando do seu casamento, do seu emprego, da sua vida, mas em que ponto você abriu mão?
A obra é sua, a responsabilidade da edificação é sua, não deixe, não desça, não pare enquanto não acabar. 

Uma vida de edificação não é fácil, mas é compensadora, criar caráter nos filhos não é fácil, edificar relacionamentos não é fácil, construir patrimônio não é fácil, mas tudo isso gerará frutos que farão com que a sua obra tenha valido a pena.

Termino me valendo da pergunta feita por Mário Sérgio Cortella:
Qual a tua obra?


Deus te abençoe.
Pr. Junior Sarmento.


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Neemias - O Espírito de Sambalate e Tobias.




O Tema do propósito da virada é Neemias 2.20 e o contexto é que esta frase tão forte e convicta não é fruto da altivez de um líder nato chamado Neemias mas uma resposta àqueles que o afrontavam por sua obra, Sambalate e Tobias.

" O Deus dos céus é quem nos fará prosperar, e nós seus servos nos levantaremos e edificaremos, mas vós não tende parte nem memória em Jerusalém".

Nossa vida é uma eterna construção, nossos objetivos e sonhos quando alcançados nos mostram o quanto lutamos para estabelecer uma realidade, porém é fato que existem pessoas que não só, não compactuarão com nosso alegria, como farão de tudo para anular nossas qualidades e projetos, pessoas que não aguentam o sucesso alheio porque na realidade se escondem atrás de uma humildade fictícia.

Perceba que Sambalate e Tobias já estavam em Jerusalém, mas nunca fizeram absolutamente nada, nenhuma obra, nenhum plano, nenhuma mobilização, mas quando Neemias inicia sua liderança são os primeiros a apontá-lo e desencorajá-lo.

A bíblia quer nos passar o claro recado de que nossos projetos sempre sofrerão com a incredulidade alheia. Os Sambalates da vida não respeitam posições ou conquistas, pois sua inveja tem o único objetivo da desqualificação. Neemias era funcionário do rei, tinha cartas de autorização real, com o selo do anel do Rei. Mas qual foi a acusação de Sambalate e Tobias?

" .....o que isso que fazeis? Quereis rebelar-vos contra o rei?. (Ne 2:19).

Aqueles que procuram minar nossos projetos sempre procurarão algo, não achando duvidarão de nossa capacidade de realização. 

Você não vai achar no livro de Neemias um Sambalate convertido e um Tobias que reconheceu que Deus era com Neemias. Simplesmente continuaram sendo o que sempre foram, meros expectadores que não possuíram a capacidade de se levantar para construir, tão somente se levantaram e discursaram na hora de se opor. 
Nunca espere que pessoas desta estirpe mudem, pois mudança depende de algo que elas não conhecem: Humildade de reconhecimento.

Não perca seu tempo com Sambalates e Tobias que andam por aí, apenas faça, pois a responsabilidade dessa obra é sua e não deles, mesmo que embora eles queiram se aliançar com você.

"Sambalate e Gesém mandaram dizer-me: Vem, e congreguemo-nos juntamente nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal.

E enviei-lhes mensageiros a dizer: Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter convosco?"


A paralisação das obras que fazemos é o grande objetivo de nosso adversário, no entanto temos que ter a sabedoria do alto necessária para discernir as propostas e filtrar as críticas.

Quem ouve a frase de Neemias no cap. 2 verso 20 pode dizer que ela é autoritária, orgulhosa ou até mesmo auto suficiente, mas não, é apenas uma resposta de quem sabe do seu chamado, conhece o Deus que serve e sabe de onde veio e para onde vai, aliás o próprio Cristo debateu isso com os Fariseus críticos de plantão:

Respondeu Jesus: "Ainda que eu mesmo testemunhe em meu favor, o meu testemunho é válido, pois sei de onde vim e para onde vou. Mas vocês não sabem de onde vim nem para onde vou. João 8:14.

Para você meu irmão que sofre com as palavras de Sambalates e Tobias espalhados por aí, deixo o que o próprio Deus afirmou para Josué:

" Hoje começarei a engradecer-te perante os olhos de todo Israel, para que saibam que, assim como fui com Moisés, serei contigo".

O espírito de Sambalate e Tobias se manifesta naqueles que desejam ouvir estas palavras do Senhor mas não ouvem, não ouvem porque se preocupam apenas e tão somente com seu umbigo, mas quando Deus engradece não há quem desqualifique, quando Deus levanta não há quem abata.

Que nesse propósito você seja firme e se posicione para mostrar que nossa vitória vem do Deus dos céus.

Deus te abençoe.

Pr. Junior Sarmento. 

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Entenda o livro de Neemias.

Muros de Jerusalém
Autor: O livro de Neemias não revela especificamente o nome do seu autor, mas ambas as tradições judaicas e cristãs reconhecem Esdras como o autor. Isto é baseado no fato de que os livros de Esdras e Neemias eram originalmente um.

Quando foi escrito: O Livro de Neemias foi provavelmente escrito entre 445 e 420 AC.

Propósito: O livro de Neemias, um dos livros de história da Bíblia, continua a história do regresso de Israel do cativeiro babilônico e da reconstrução do templo em Jerusalém.

Versículos-chave: Neemias 1:3: “Disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o exílio e se acham lá na província, estão em grande miséria e desprezo; os muros de Jerusalém estão derribados, e as suas portas, queimadas.”

Neemias 1:11: “Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos à oração do teu servo e à dos teus servos que se agradam de temer o teu nome; concede que seja bem sucedido hoje o teu servo e dá-lhe mercê perante este homem. Nesse tempo eu era copeiro do rei.”

Neemias 6:15-16: “Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco dias do mês de elul, em cinqüenta e dois dias. Sucedeu que, ouvindo-o todos os nossos inimigos, temeram todos os gentios nossos circunvizinhos e decaíram muito no seu próprio conceito; porque reconheceram que por intervenção de nosso Deus é que fizemos esta obra.”

Resumo: Neemias era um hebreu na Pérsia quando escutou que o Templo de Jerusalém estava sendo reconstruído. Ele ficou ansioso por saber que não havia nenhum muro para proteger a cidade. Neemias pediu a Deus que o usasse para salvar a cidade. Deus respondeu à sua oração ao atenuar o coração do rei persa Artaxerxes, que não só deu a sua benção, mas também material para ser usado no projeto. Neemias recebe permissão do rei para regressar a Jerusalém, onde se tornou governador.

Apesar da oposição e das acusações, o muro foi construído e os inimigos silenciados. O povo, inspirado por Neemias, deu o dízimo de muito dinheiro, material e mão de obra para concluir o muro em um notável período de 52 dias, apesar de muita oposição. Este esforço unido é de curta duração, entretanto, porque Jerusalém retorna à apostasia quando Neemias sai por um tempo. Depois de 12 anos, ele voltou e encontrou as paredes fortes, mas as pessoas fracas. Ele não mediu palavras as começar a tarefa de ensinar as pessoas sobre moral. “Contendi com eles, e os amaldiçoei, e espanquei alguns deles, e lhes arranquei os cabelos” (13:25). Ele restabelece a verdadeira adoração através de oração e ao encorajar as pessoas à revitalização através da leitura e da adesão à Palavra de Deus.

Prenúncios: Neemias era um homem de oração e orou fervorosamente pelo seu povo (Neemias 1). Sua intercessão zelosa pelo povo de Deus prefigura o nosso grande intercessor, Jesus Cristo, que orou fervorosamente pelo Seu povo em Sua oração sacerdotal de João 17. Ambos Neemias e Jesus tinham um amor ardente pelo povo de Deus que eles derramavam em oração, intercedendo por eles diante do trono.

Aplicação Prática: Neemias liderou os israelitas a um grande respeito e amor pelo texto da Escritura. Neemias, por causa de seu amor por Deus e seu desejo de ver Deus honrado e glorificado, conduziu os israelitas à fé e obediência que o Senhor havia desejado para eles por tanto tempo. Da mesma forma, os Cristãos devem amar e respeitar as verdades da Escritura, memorizá-la, nela meditar de dia e de noite e dela depender para o cumprimento de todas as necessidades espirituais. Segundo Timóteo 3:16 nos diz: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” Se quisermos ter a mesma experiência do renascimento espiritual que os israelitas (Neemias 8:1-8), devemos começar com a Palavra de Deus.

Cada um de nós deve ter compaixão genuína por outras pessoas que estão sofrendo com dor espiritual ou física. Sentir compaixão, no entanto, e não fazer nada para ajudar não tem fundamento bíblico. Às vezes pode ser necessário abrir mão do nosso próprio conforto a fim de ministrar corretamente aos outros. Temos que acreditar totalmente em uma causa antes de darmos do nosso tempo ou dinheiro com o coração correto. Quando permitimos que Deus ministre através de nós, até os incrédulos saberão que a obra é de Deus.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Entenda o proposito.


O propósito da Virada começou!!!



O propósito da Virada começou e você está mais do que convidado(a) a participar desta grande obra conosco.

Serão 52 dias de jejum, oração e planejamento, vamos juntos nos levantar nessa geração para fazer a diferença.

O propósito é baseado no livro de Neemias, que juntamente com seu povo reergueu não só os muros de Jerusalém, mas a esperança de toda uma nação. Neemias teve pulso, coragem e direção para ser um líder, encontrou desafios, mas Deus estava com Ele.

Se você deseja fazer a diferença em sua geração, junte-se a nós!!!

Todas as quartas e Domingos no CEI de Navegantes.
Av. João Sacavem n. 456.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Princípios.


Talvez o maior erro do ser humano tenha sido em toda a sua história o orgulho. Uma geração sempre quer superar a outra, quebrando paradigmas, inovando e mostrando ser melhor. Isso é bom e saudável pois nos mostra que temos sim de melhorar, mas não devemos nos esquecer que alguns princípios humanos não mudam. As maiores leis que conhecemos são imutáveis, pois são conclusivas em si, quando queremos modificar princípios corremos o sério risco de destruir o que fora construído por séculos de aprendizado.

Se uma pessoa com oitenta anos te dá um conselho, você que tem vinte anos, passa a ter uma experiência de cem, porque você absolveu um conhecimento que foi construído com experiências de vida. Porém quando nos achamos superiores aos princípios nos tornamos irresponsáveis e sem conteúdo, pois nos baseamos apenas e tão somente naquilo que é imediato.

Faço essa reflexão pois nossa sociedade está cada vez mais se voltando contra todos os princípios que nos cercaram e formaram nossos costumes.
Principalmente nós que somos evangélicos estamos nos vendo acoados como se fôssemos bandidos, enquanto bandidos são defendidos com unhas e dentes por aqueles que se dizem contra o preconceito.

Nossa sociedade demoniza a formação familiar com homem e mulher, demoniza a lei contra o aborto e defende adolescentes armados que assaltam e matam com extrema consciência do que fazem. Distorcem a cultura, distorcem princípios e por fim não teremos absolutamente mais nada senão a visão mínima de vida construída no interior do mundinho de cada um.

Isso é ter visão aberta? Visão aberta é zelar por nossa história sem ter medo futuro, porém o que tenho hoje é medo do futuro e saudades da história.

Pr. Junior Sarmento.






terça-feira, 20 de outubro de 2015

Movimentos sociais e sindicais anunciam frente de esquerda.


Movimentos sociais e sindicais anunciaram hoje (6), em São Paulo, a criação de uma nova frente de esquerda que vai protestar contra o ajuste fiscal e o conservadorismo e pedir a taxação dos ricos e a urgência das reformas agrária, tributária e urbana. É a Frente Povo Sem Medo, que será lançada na quinta-feira (8) com um ato a partir das 18h no Centro Trasmontano, no centro da capital paulista.
A Frente Povo Sem Medo é constituída por 27 movimentos sociais e sindicais de atuação nacional, além de movimentos regionais, segundo Guilherme Boulos, um dos líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). O símbolo da Frente é o mesmo de uma escultura do Memorial da América Latina, em São Paulo: uma mão aberta com o mapa do continente em vermelho, lembrando sangue, concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

Em seu manifesto, a Frente Povo Sem Medo declara: “No momento político e econômico que o país tem vivido, se torna urgente a necessidade de o povo intensificar a mobilização nas ruas, avenidas e praças contra esta ofensiva conservadora, o ajuste fiscal antipopular e defendendo uma saída que não onere os mais pobres”.

O documento é assinado por 27 movimentos, entre eles, o MTST, a CUT (Central Única dos Trabalhadores), a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), a UNE (União Nacional dos Estudantes) e a Intersindical. Povo sem Medo é a segunda frente formada por movimentos de esquerda, depois Frente Brasil Popular, lançada em setembro e constituída por movimentos sociais e sindicais tais como a CUT, a CTB e a UNE, que compõem as duas frentes, além do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e partidos políticos como o PT e PCdoB. Na nova frente, os partidos políticos ficaram de fora, embora ela conte com apoio de diversos parlamentares.

Ambas as frentes também são contra o impeachment da presidenta da República Dilma Rousseff. “A posição da Frente é contra qualquer saída à direita para a crise política no país. Entendemos que o impeachment para a entrada de Michel Temer (vice-presidente) ou para a chamada de novas eleições é uma saída à direita”, disse Guilherme Boulos. A data para a primeira mobilização de rua já está marcada: será no dia 8 de novembro..


Meu comentário;

Todo país com população pobre e ditadores enrustidos inicia do mesmo modo, com a valorização dos tais "movimentos sociais" que são na realidade uma massa de manobra marxista e ditatorial, organizações que com o pretexto de representar direitos na realidade funcionam como comitês sociais de uma esquerda que deseja tornar nosso país uma república Venezuelana.

Povo sem medo? Medo do quê? Em uma democracia saudável o que tenho medo é que ela seja adoecida e enfraquecida por movimentos como estes que ameaçam a ordem pública.

Pr. Junior Sarmento.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Deus tem ciúmes de mim? Deus sente ciúmes?

Você pergunta: Dia desses ouvi na igreja uma música do Ministério Livres Para Adorar, que se chama “Ele me ama”. Essa música começa com uma frase que achei meio estranha: “Ele tem ciúmes de mim…”. Na Bíblia diz que o ciúme é pecado. Então, como Deus pode ter ciúmes se é pecado? Deus tem ciúme de mim? Como você pode me explicar isso biblicamente?
Não vamos analisar a letra da música desse grupo de louvor porque não vem ao caso nesse momento.


(1) Analisando a Bíblia vemos que existe sim menção de que Deus tem ciúmes; observe o texto de Ezequiel 8.3: “Estendeu ela dali uma semelhança de mão e me tomou pelos cachos da cabeça; o Espírito me levantou entre a terra e o céu e me levou a Jerusalém em visões de Deus, até à entrada da porta do pátio de dentro, que olha para o norte, onde estava colocada a imagem dos ciúmes, que provoca o ciúme de Deus.”. Nessa ocasião o Espírito mostra ao profeta Ezequiel a idolatria em que o povo de Deus estava vivendo, distantes dos caminhos Dele. E vemos claramente que havia certa imagem, que em especial, provocava esse ciúme em Deus.

(2) Porém, precisamos avaliar corretamente a forma ou o tipo desse “ciúme” que Deus tem. Estamos acostumados com a definição do que é o ciúme humano, que é definido pelo dicionário Priberam online como:
“1. Receio ou despeito de certos afetos alheios não serem exclusivamente para nós. 2. Inveja. 3. Receio.”. Nesse sentido o ciúme humano é algo doentio, que desequilibra mental e espiritualmente o ser humano e, muitas vezes, o leva a atitudes descabidas baseado nesse sentimento egoísta. Esse tipo de ciúme é chamado na Bíblia de obra da carne e não deve estar na vida do crente:“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, …” (Gl 5.19-20 ).

(3) Já esse ciúme atribuído a Deus em alguns versos da Bíblia, é algo bem diferente do ciúme humano pecaminoso, é algo como o “lado bom do ciúme”. Poderíamos compreender melhor esse significado usando o sinônimo “zelo”. Deus é zeloso pelo Seu povo e também pela Sua própria glória. Um dos dez mandamentos dados por Deus fala sobre isso: “Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem” (Ex 20. 5).

(4) De nenhuma forma Deus demonstra nas Escrituras Sagradas um ciúme desequilibrado e que possa ser comparável ao ciúme humano. Ele é o Criador de todas as coisas, o Soberano, por isso, Seu zelo (ciúme) exige que Suas criaturas andem de acordo com Sua vontade. Esse zelo de Deus é uma proteção aos Seus filhos amados, que Ele não deseja que se percam e andem em caminhos contrários à Sua palavra. Não vemos na Bíblia menção de Deus tendo ciúmes por qualquer coisa sem sentido. A menção desse ciúme de Deus sempre está no contexto de quando o povo abandona o Senhor e segue outros deuses, causando justa indignação do Senhor. Deus é claro quanto a isso: “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.” (Is 42. 8). Esse é o ciúme de Deus mencionado na Bíblia.

(5) Vemos também registrado na Bíblia, por exemplo, em Ezequiel 16.42 o ciúme de Deus como sinônimo da aplicação da sua ira contra os pecadores contumazes: “Desse modo, satisfarei em ti o meu furor, os meus ciúmes se apartarão de ti, aquietar-me-ei e jamais me indignarei”.

(6) Assim, fica claro que não existe qualquer relação entre o ciúme atribuído a Deus, totalmente legítimo, e o ciúme que vemos presente no ser humano, descontrolado, que a Bíblia chama de obra da carne.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Netanyahu cala Assembleia da ONU ao denunciar acordo nuclear com Irã: Premiê pediu para que mundo "pensasse no que fez"

Cerca de 24 horas após o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, afirmar diante da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, que pode abandonar os acordos de paz,  quem usou a palavra foi o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Em um discurso considerado histórico, calou durante cerca de 45 segundos os representantes diplomáticos ali reunidos. Netanyahu denunciou o acordo nuclear das potências mundiais com o Irã.
Ele disse que aquele tempo devia servir para que o mundo “pensasse no que fez” em relação às ameaças de Teerã de destruir o Estado judeu. O silêncio do auditório, ironicamente, parece ter falado mais alto.
O premiê afirmou que seu governo “fará de tudo” para defender-se e reiterou que seu país está pronto a retomar “imediatamente” as conversas sobre paz com os palestinos.
“Após 70 anos do assassinato de 6 milhões de judeus, líderes iranianos prometem destruir meu país, matar meu povo. A resposta desta assembleia, de quase todos os governos aqui presentes, foi inexistente. Silêncio total. Silêncio ensurdecedor”, enfatizou.
Deixou ainda uma mensagem aos líderes do Irã: “seu plano para destruir Israel fracassará. E esta é a minha mensagem aos países da ONU: sejam quais forem as resoluções que vocês adotarem neste local, Israel fará todo o possível para defender seu Estado e seu povo”.
Netanyahu lembrou que as Nações Unidas são sempre rápidas em criticar e se postar contra Israel, mas tem falhado em impedir a morte de cerca de 300.000 civis na Síria.
Apesar das dificuldades crescentes nas relações com o governo Obama, o primeiro-ministro israelense tem uma visita agendada na Casa Branca mês que vem. Com informações de Jerusalém Post
Assista:




terça-feira, 29 de setembro de 2015

A intolerância religiosa sob a ótica do direito eclesiástico! Como pode ser protegido o direito à religião e a manifestação de fé de cada um? Existe base legal para garantir esse direito?

Passadas as manifestações calorosas sobre homoafetividade/homofobia, casamento entre homossexuais e as demais nuances que envolvem essas questões, o tema “intolerância religiosa” parece ser a bola da vez.
Note-se que todas essas questões colocam em xeque a liberdade religiosa e, portanto, não é a toa que as discussões a respeito são tão polêmicas.
Falar sobre liberdade religiosa é sempre muito complexo, vez que entramos na esfera de intimidade de cada indivíduo; a fé interior de cada um, a crença que cada um tem é um sentimento particular e inatingível. Não há como impor a alguém crer ou não crer em algo. No máximo, pode-se obrigar alguém a praticar uma determinada religião, mas isso não necessariamente indica que a pessoa crê nisso.
Vivemos num país laico onde a liberdade religiosa impera. Isso significa que não temos que nos sujeitar a uma religião imposta pelo Estado, bem como temos o direito de praticar o culto, de acordo com nossa fé, e, ainda, termos esse nosso direito, protegido. É o que reza nossa Constituição Federal, em seu artigo 5o. inciso VI:  “VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
Mas, se ao Estado cabe proteger os direitos individuais e coletivos, ao indivíduo cabe a obrigação de respeitar tais direitos, por óbvio. Ora, o desrespeito ao direito à liberdade religiosa, sem dúvida, implica em uma infringência à ordem legal.
Vale ressaltar que a liberdade religiosa não é apenas um direito, mas um complexo de direitos que englobam além da liberdade de crença, o direito ao culto, à organização religiosa e o respeito à religião.
Portanto, quando falamos em intolerância religiosa, estamos diante de várias possibilidades: a ofensa pessoal, a ofensa coletiva, a ofensa subjetiva (relativa a própria fé) e a ofensa objetiva (relativa às práticas de culto e aos objetos sagrados, por exemplo).
São diversas as possibilidades de manifestações de intolerância religiosa e podemos até dizer que no Brasil os fatos envolvendo essa situação sempre foram raros, consequência da própria liberdade religiosa que vivemos.
No entanto, estamos experimentando um novo posicionamento geral da sociedade – que muitas vezes mais nos parece uma perseguição aos cristãos –  em que qualquer opinião contrária ou a própria manifestação de fé pode ser taxada de intolerância religiosa. Por exemplo, se um pastor em um culto manifesta seu descrédito em relação à outra religião, pode ser acusado de fomentar a intolerância religiosa!
Nesse compasso, não seria a alegação da intolerância religiosa um verdadeiro contrassenso  ao direito da liberdade religiosa??
Parece estarmos diante de um impasse. Podemos professar nossa fé, mas ser contrário a outro tipo de fé, não??
Ora, a liberdade religiosa parece encontrar resistência na sua ‘prima’, a intolerância religiosa. O que deveria ser liberdade religiosa, agora surge como intolerância religiosa?!? Como lidar com tal questão? Como mensurar até onde se dá a liberdade religiosa, sem que ela mesma seja tratada como intolerância religiosa, quando a questão em xeque for exatamente a religião??
Há um limiar (muitas vezes subjetivo) que deve ser observado e esse está ligado ao respeito à religião, direito esse protegido pela nossa Constituição Federal, como já dito acima.
No âmbito da liberdade religiosa, há espaço para o respeito mútuo e isso é o que tem sido ignorado. É possível a convivência pacífica entre os diferentes credos; basta cada qual praticar a sua fé e não entrar na esfera de outrem. Mas a realidade está longe de ser essa e as ofensas tem se tornado cada vez mais frequentes. E, muitas vezes, as ofensas vividas acabam sendo suportadas exatamente por receio de que qualquer manifestação contrária seja considerada uma prática de intolerância religiosa.
Mas, de forma prática, diante da ofensa, como pode ser protegido o direito à religião e a manifestação de fé de cada um? Existe base legal para garantir esse direito?
A resposta é SIM.
Nosso Código Penal, em seu artigo 208, tipifica como crime o desrespeito não só a prática de culto, mas à própria pessoa, por motivo religioso. Vejamos:
Art. 208 – Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:
Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único – Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência.
Com base no ordenamento legal em questão, podemos concluir que com a mesma pena que uma pessoa que ofender alguém por motivo religioso, será julgado aquele que perturbar culto religioso. Há, portanto, proteção à fé professada pelo pastor, em um culto, e essa sua manifestação de fé não poderia, portanto, ser taxada de intolerância religiosa, se ela não se der, por óbvio, de forma desrespeitosa à nenhuma outra religião.
Da mesma forma, e com base no mesmo ordenamento legal, podemos tipificar como crime a conduta do cidadão que num evento público achou por bem profanar a figura de Jesus Cristo, crucificado na cruz,  travestido. Ora, ele desrespeitou não só a religião em si, mas, no mínimo, um sem número de cristãos, sejam eles evangélicos ou católicos.
Temos, portanto, que a manifestação de fé de cada indivíduo, ainda que exercida de forma coletiva, merece respeito e possui proteção legal que pode e deve ser aplicada quando houver desrespeito à religião, seja no âmbito pessoal ou coletivo, de modo que a intolerância religiosa deverá sempre ser analisada sob a ótica do Direito Eclesiástico, permeando todas as nuances do direito à religião, abraçadas pela nossa Constituição Federal.
por Dra. Taís Amorim de Andrade.